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quarta-feira, 7 de abril de 2010

ESTER, UMA RAINHA ALTRUÍSTA




ESTER, UMA RAINHA ALTRUÍSTA

Fonte: http://radioboasnovas.net

INTRODUÇÃO

O livro de Ester descreve a soberania e o cuidado de Deus para com o seu povo. Ele relata o grande livramento dado por Deus ao povo jusdeu na Pérsia. Embora o nome de Deus não seja mencionado no livro, cada página está cheia dEle. Mattew Henry, um dos grandes comentaristas da Bíblia, diz: “Se o nome de Deus não está aqui, Seu dedo está”. O livro recebe o título de Ester (Estrela do Oriente), por causa de sua principal personagem.
I – PRINCIPAIS PERSONAGENS DO LIVRO DE ESTER
ESTER
• Uma órfã judia, criada por Mardoqueu (Et 2.7);
• Também se chamava Hadassa (Et 2.7);
• Tornou-se rainha da Pérsia (Et 2.17);
• Colocou a sua vida em risco, ao comparecer à presença do rei sem ser chamada (Et 5.1-3);
• Intercedeu em favor dos judeus e denunciou o plano de Hamã (Et 5-7).
MARDOQUEU
• Judeu, da tribo de Benjamin, que fora transportado para Babilônia por Nabucodonosor (Et 2.6);
• Pai adotivo de Ester (Et 2.7);
• Foi perseguido por Hamã, por recusar-se a se curvar diante dele (Et 3.5);
• Denunciou uma conspiração de assassinato contra o rei (Et 2.21-23; 6.1,2);
• Ocupou o lugar de Hamã, como a segunda pessoa no comando do reino (Et 10.1-3).
HAMÃ
• Foi exaltado no reino de Assuero e ocupou o lugar de destaque, acima de todos os príncipes (Et 3.1);
• Tornou-se arrogante e presunçoso (Et 3.5; 5.13);
• Planejou matar Mardoqueu e construiu para ele uma forca (Et 5.14);
• Desejou exterminar o povo judeu (Et 3.7-15);
• Foi enforcado namesma forca preparada para Mardoqueu (Et 7.10; 9.25).

II – CONTEXTO HISTÓRICO DO LIVRO DE ESTER

O livro de Ester inicia com uma recepção do rei Assuero aos nobres e príncipes do seu reino, no palácio de Susã (residência de inverno dos reis da Pérsia); para mostrar-lhes a grandeza e a riqueza do seu reino. O banquete durou 180 dias (Et 1.4). Os homens se banqueteavam nos jardins do palácio, enquanto as mulheres eram hospedadas pela rainha Vasti, em seus aposentos particulares.
1. A Rejeição de Vasti (Et 1.10-22): Quando o rei e os príncipes estavam embriagados, o monarca mandou que seus eunucos fossem buscar a rainha Vasti, para exibir sua beleza diante dos povos e dos príncipes. Como Vasti recusou-se comparecer à presença do rei, foi destituída do reinado, perdendo a elevada posição de rainha da Pérsia.
2. A coroação de Ester (2.1-17): Passada a fúria do rei Assuero, ele tomou conselho com seus servos e enviou um mandato às províncias, para que lhe trouxessem todas as virgens formosas do seu reino, e fossem levadas ao harém real, para que dentre elas escolhesse uma substituta para a rainha Vasti. Ester, uma órfã judia, que fora criada por seu primo Mardoqueu foi uma das escolhidas. O monarca ficou tão encantado com a beleza de Ester que a escolheu para ser rainha no lugar de Vasti.
3. A conspiração de Hamã (Et 3.1-15): Quando Hamã aparece no livro de Ester, ele acabara de ser elevado ao mais alto posto do reino da Pérsia (Et 3.1). A grande honra transtornou-o. Ele encheu-se de vaidade e sentiu-se profundamente humilhado, quando Mardoqueu não lhes prestou homenagem. Mardoqueu, sendo judeu, não podia prestar honras divinas a um homem. Hamã ficou tão furioso que resolveu promover um massacre de todos os judeus (Et 3.6). Hamã procurou provar ao rei que todos os judeus eram súditos desleais. Prometeu pagar ao rei um suborno de dez mil talentos de prata (Et 3.9). O monarca, então, assinou um decreto determinando que todos homens, mulheres e crianças que fossem judeus, fossem mortos e seus bens confiscados.
4. Ester toma conhecimento do decreto (Et 4.1-17): Quando os judeus tomaram conhecimento do decreto assinado pelo rei, se puseram a orar, jejuar e lamentar, deitando-se em pano de saco e cinza. Quando Ester viu aquilo, procurou saber do próprio Mardoqueu o porque daquela atitude. Ele deu a ela uma cópia do decreto assinado pelo rei e mandou dizer-lhe: “… quem sabe se para tal tempo como este chegas-te a este reino?” (Et 4.14).
5. Ester se dispõe a interceder pelo povo judeu (Et 4.16-5.8): Quando Ester tomou conhecimento do decreto que estava assinado pelo rei, se dispôs a ir à presença do rei, mesmo sem ser chamada; o que significa dizer que ela pôs a sua própria vida em risco. Ela se vestiu com trajes reais, e se pôs no pátio interior da casa do rei. Vendo o rei à rainha Ester, estendeu para ela o cetro de ouro, que tinha na sua mão. Quando ela foi recebida pelo monarca, convidou-o para um banquete e denunciou o plano diabólico de Hamã (Et 7.1-6).
6. O livramento dos Judeus (Et 8 e 9): Quando o rei Assuero tomou conhecimento dos planos de Hamã, tomou o seu anel e o deu a Mardoqueu; e chamou os escrivães para que escrevessem um edito, concedendo aos judeus o direito de se reunirem para defender as suas vidas, bem como para matar a todos os que os afligissem ou saqueassem os seus bens.
O livro de Ester termina com a narrativa do livramento dos judeus e o estabelecimento da festa de Purim, onde os judeus comemoram este grande livramento.
III – ASPECTOS DO CARÁTER DE ESTER
Deus sempre tem a pessoa certa, na hora certa, para realizar os seus propósitos. Ele nunca é pego de suepresa! Por isso, diante do perigo do extermínio do povo judeu, Ele já havia preparado alguém para que, no momento certo, pudesse agir. Ester foi alvo da escolha de Deus para este fim. Vejamos, então, alguns aspectos do seu caráter:
1. Submissão: Submissão é um dos requisitos necessários para aquele que deseja ser usado por Deus. Ester foi submissa, não só a Deus, mas também a seu pai adotivo e, posteriormente, a seu esposo Assuero (Et 2.10).
2. Devoção à Deus: A sua posição de rainha não afetou a sua vida de devoção a Deus. Quando ela soube do decreto assinado pelo rei, enviou mensageitos a dizer a Mardoqueu: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite e eu e as minhas servas também assim jejuaremos….” (Et 4.16). Duas lições podemos extrair daqui: 1ª Ela não só confiou no poder do sacrifício de jejum, como também se dispôs a jejuar, demosntrando assim, que a sua devoção à Deus não foi afetada depois de sua ascenção à posição de rainha da Pérsia. 2ª Ela disse que as suas moças também jejuariam, o que nos leva a crer que elas aprenderam a confiar no Deus de Ester.
3. Humildade: Mesmo ascendendo à tão elevada honra, Ester não esqueceu do seu povo e de sua origem. Ela disse ao rei: “Porque fomos vendidos, eu e o meu povo…” (Et 7.4a). Além disso, ela disse ainda: “… se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia…” (Et 7.4b); o que significa dizer que, mesmo sendo rainha, ela se coloca em par de igualdade com o povo judeu. Isto é uma demonstração de humildade.
4. Confiança em Deus: Ao Comparecer à presença do rei sem ser chamada, Ester não só demonstra a sua confiança em Deus, bem como, a disposição para morrer, caso Ele não quisesse livrá-la (Et 4.16). Aquele que confia em Deus, não confia apenas no livramento que Ele pode dar, mas também na realização da vontade Dele (Dn 3.17,18; At 21.8-14).
IV – POR QUE ESTER FOI UMA RAINHA ALTRUÍSTA?
Segundo o dicionário Aurélio, a palavra altruísta, quer dizer: “sentimento de quem põe o interesse alheio acima do próprio”, ou seja, uma pessoa altruísta está mais preocupada com o interesse do próximo do que com o seu. Assim sendo, altruísmo e´, acima de tudo, uma demosntração de amor, pois, o amor não busca os seus interesses (I Co 13.5).
Ester demosntrou altruísmo ao interessar-se pelo povo judeu, sendo capaz de arriscar a sua própria vida. Vejamos outros exemplos bíblicos de altruísmo:
Moisés: Ao interceder pelos israelitas, Moisés chega a declarar “Ora, este povo cometeu grande pecado fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito” (Ex 32.32).
Neemias: Mesmo vivendo no conforto do palácio, sendo copeiro do rei, se dispôs a ir reconstruir os muros de Jerusalém (Ne 2.1-5);
Paulo: Mesmo estando preso, escreveu à Filemon, para interceder por um escravo (Fm 10-21).
V – COMO LIDAR COM SITUAÇÕES ADVERSAS?
A palavra de Deus nos diz que “…as armas da nossa milíca não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para a destruição das fortalezas” (II Co 10.4). diante das adversidades, devemos tomar posse das nossas armas espirituais, tais como:
• Fé (Mt 17.20; 21.21; Hb 11.1,6; I Jo 5.4);
• Jejum (Et 41.16; II Cr 20.3; Ed 8.21; Jn 3.5);
• Oração (I Sm 1.12; At 12.5; Tg 5.17; Rm 12.12);
• Palavra de Deus (Sl 119.16,28,50,107; Hb 4.12).

CONCLUSÃO
A história de Ester é como a história de José, Moisés, Gideão, Davi e tanto outros personagens bíblicos. Deus tinha reservado cada um deles um propósito específico. Quando chegou o momento oportuno, eles confiaram em Deus e contribuíram para que os propósitos fossem executados.

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